O ano possui 365 dias. O professor só trabalha 200 dias letivos. Possui um saldo de 165 dias. Destes 200 dias letivos não estão incluídos os feriados Federais, Estaduais e Municipais – fora os dias comemorativos do currículo escolar.
Considerando-se que só trabalhamos 10 meses no ano e que com uma média de 2 feriados ao mês, sobram apenas 180 dias de trabalho. Se computarmos os comemorativos e atividades pedagógicas (semana da pátria, semana cultural, noite literária, dia do folclore, páscoa, aniversários, reuniões, etc.), temos que subtrair pelo menos 15 dias dos 180, o que resta apenas 165 dias de trabalho.
Como qualquer categoria temos o direito de faltas justificadas, podemos incluir no mínimo mais 5 dias a descontar, o que dará apenas 160 dias de trabalho.
É uma das poucas categorias onde o trabalhador tem o direito de capacitar-se sem ser prejudicado no serviço, isto é, curso de capacitações que por ano nunca são menos de dois (3 dias para cada curso), o que no total temos 6 dias a menos de trabalho, o total agora é de apenas 154 dias.
Ainda existem os imprevistos que estamos sujeitos como falta de energia, chuvas torrenciais, festas de padroeiras, jogos, mortes e feridos, acho que podemos diminuir uns 4 dias do total, o que agora são apenas 150 dias de trabalho.
E porque não citar que somos, talvez, os que fazemos de conta que trabalhamos e não produzimos nada, ou seja, enrolamos em sala de aula. É salutar dizer que não é todo dia, porém mais uma vez quero descontar 2 dias deste “tão sofrido carma que é ser professor”, agora o total caiu para 148 dias de trabalho.
Ah, quase esqueci. E a falta de pontualidade? Esses preciosos minutos que ganhamos antes do começo de cada aula ou no término fazem uma grande diferença no final de um ano de trabalho. Permita-me incluir, aqui também, menos 2 dias de trabalho. Exagero? Talvez. O que resta agora são apenas 146 dias de uma luta “árdua e quase sem escolha”.
Um outro detalhe: é a única categoria que possui um abono de cinco anos a menos para se aposentar. E dois meses de “férias todos os anos”.
Então, se você está a procura de um emprego, trabalho, atividade profissional, seja qual for o termo, por que não tentar o magistério?
E para você, caro colega de trabalho, que gosta tanto de reclamar da vida de professor, reflita sobre estes dados e sobre você mesmo. Dificuldades encontramos em qualquer setor de nossas vidas, todas as atividades profissionais existem obstáculos a serem ultrapassados, portanto ações e atitudes é que estão faltando em nossas vidas. SALÁRIO??!!! Alguns podem achar que ganhamos pouco. Mas quem não reclama de salário? Toda categoria reclama.
Somos um categoria privilegiada, até porque subimos de nível, cargo e salário em pouco espaço de tempo; é só termos objetivos traçados que alcançaremos nossas metas.
Alexsandro Sales Capibaribe
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